A
vida é linda.
A
vida encanta.
A
vida é alma.
A
vida é bela.
A
vida é vida.
O
começo meio e o fim.
A
vida vive
com
seu viver
mas
chora os prantos
de
muitos sofredores
daqueles
que foram sem justa causa
daqueles
lamentam por irem
daqueles
que a ignoram
daqueles
somente aqueles que se condenam
daqueles
que condenam que julgam injustamente
dos
que pegam a fraqueza e a fazem desmoronar.
Daquele
que não queria sofrer, mas sofreu.
Daquele
que lutou, até quando aguentou,
mas
era fraco porém não conseguiu.
Daquele
que morreu e não renasceu,
da
veemência de um sentimento
pela
pessoa, por alguém.
Talvez
viveu ao seu lado, mas foi vulgar
como
versos em princípios
que
não haveriam vida, mas estariam em si
confundindo
ideias póstumas,
sem
sentido, mas na qual falamos e não ouvimos.
Devemos
ser fruto da ignorância
injusta
e cruel
indigna
e calada
que
faz qualquer coisa em seu benefício.
Devemos
gritar, chorar
porque
há solidão.
Quando
fechamos os nossos olhos e abrimos,
acordamos,
mas de uma maneira diferente,
não
saindo de um pesadelo,
mas
entrando em um,
a
realidade, a pura realidade da vida,
que
se expressa a cada milésimo
a
cada momento, o pesadelo da realidade.
Mas
se fossemos andar regressivamente
sendo
origem e começo
voltaríamos
a ser o que não somos
porque
não sabemos como seguir
ainda
mais como voltar atrás.
Porque
essa vida não tem conserto.
Porque
só esperamos o fim,
o
fim que está perto,
o
qual não podemos fugir,
só
o fim.
Reinaldo da
Silva dos Santos
Viçosa, entre
12:32 – 12:56 do dia 22 de abril de 1997
Série Enigmas da Solidão II parte - Outono 16