sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Inércia

Há alguns momentos atrás
eu tinha versos em minha mente
de um poema que não me lembro mais.

Hoje em diversos momentos me vi sozinho

me vi em silêncio
me vi em desespero
me vi em solidão...

A maior falha não é tentar
mas sim abdicar da tentativa
por inércia interna
ou por coisas que não conseguimos dizer...

O pior grito é aquele dado em silêncio
do fundo da alma
do lugar comum da alma...

Da falta, da esperança, do medo, da covardia, da perda, do momento...
De coisas que não conseguimos entender ou explicar

Reinaldo da Silva dos Santos, Belo Horizonte, 28/11/2014.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Ainda é preciso caminhar

Eu não sei o que move, se são meus sonhos ou minha eterna incompletude de não ser aquilo que todos meu familares e amigos e colegas e inimigos esperam de mim. Ainda que quase sem esperanças de sonhos, que se renovem a cada manhã, uma voz grita e chora dentro de mim... É preciso caminhar, mesmo que ainda muitos não enxerguem nada de apenas um simples ou complexo homem, destes olhos que habito...
Sempre foi assim em minha vida, caminhar: sem chorar, sem reclamar, e mesmo que ainda se despedaçando e correondo por dentro pelos diversos papeis que assumo em minha vida..."Não reclame. Não chore. Ainda é preciso caminhar...".
Minhas vitórias e ganhos, ficaram na estante do esquecimento...
Sem reconhecimento e sem valor seja eu que for ou faça...
E sempre aquela voz dizendo... Entre choros, inercias, esquecimentos e solidão...
Ainda é preciso caminhar...

Reinaldo da Silva dos Santos - Belo Horizonte - 14/11/2014

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Lamentações

Lamento por deixar cair o pranto.
Lamento por eu ser fraco.
Lamento por eu ser inseguro.
Lamento pela tristeza.
Lamento pela ignorância.
Lamento pelas drogas.
Lamento pelo povo.
Lamento pelo sofredor.
Lamento pela dor.
Lamento pelos ladrões e corruptos.
Lamento pela parte.
Lamento pelo todo.
Lamento pelo amor.
Lamento por sentir.
Lamento por você.
Lamento por não poder te tocar.
Lamento a vida que me faz sofrer.
Lamento pela paixão a qual me corrói.
Lamento pelo ar que respiro poluído.
Lamento pela terra que piso, seca e infértil.
Lamento por me lamentar.

Lamento...
Só Lamento...
Por ficar triste, por chorar.
Lamentações...
Das quais citei e não citei.
Lamentações que caem após o pranto
Lamentações que vem ao pedido de perdão
Porque não.
Lamento de Lamento.
Por não me amar.

Olho para você
esse teu olhar,
que pode acabar em me delamentar,
mas não tem como cessar
a tristeza do meu olhar,
mais sim aumentar,
assim não finalizar.

Consigo você, mas não a tenho,
tenho a espera de não ter
sinto o coração doer diante de você.

Pense bem nas Lamentações
de poetas mortos e eternos.
Pense em tudo.
Não Lamente,
ame, pois se amar amará
mas desprezará se não gostar
mas quando Lamentar a perda
não se cessará, mas sim acabará...

Porque Lamento a cada segundo,
porque você me faz sofrer, me faz chorar
me faz apaixonar, me destrói, me corrói
me queima...
E me deixa em cinzas...
Do final...
Do qual eu só Lamento o fim.

Reinaldo da Silva dos Santos
Viçosa, MG, 29 de abril de 1997

Série Enigmas da Solidão II parte - Outono                                                                                      17

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

O tempo (não) passou

"Não faças do amanhã o sinônimo de nunca, 
nem o ontem te seja o mesmo que nunca mais. 
Teus passos ficaram. Olhes para trás mas vá em 
frente pois há muitos que precisam que chegues 
para poderem seguir-te."

Charles Chaplin


Não é questão de idade

ou marcas dos tempos,
para mim o tempo não passou,
ficou preso na retinas
de minhas imagens do passado
nos sorrisos congelados
das alegrias feitas nos momentos de felicidade...
Aonde estive, onde chorei...

Tive amores.
Tive uma filha...
Meus conhecidos, colegas e amigos...
Tiveram filhos.

Às vezes me pergunto,
o tempo passou para eles?
Ou seria aquela minha imagem
que eu vejo, e me perco,
querendo ser melhor do que eu não fui,
ou querendo viver suas alegrias?

Assim me perco e me pergunto
nos vazios das minhas memórias
dos meus não lugares
do que eu não fui
do que eu não fiz
do que eu não sou
do que eu poderia ser...

E ao fim me encontro:
sem espaço... Sem lugar... Sem ser... Sem tempo.
                             
Reinaldo da Silva dos Santos
21/05/2014

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Sombras de Outono


As promessas de domingo
dos amore(s) do(s) amigo(s)
do(s) lado(s) individual(ais) 
de sua(s) janela(s).
Agora restam apenas os silêncios dos domingos.
                                                         R.S.S.

No caminho me senti:
sozinho, cansado,
com o coração fechado.

Nunca te pedi o
teu olhar junto a mim
no caminho.

Nas curvas do teu corpo
é onde se encontra meu
coração.

Não entendo, mas entendo,
porque sofro, porque desespero
em saber que existe em vida,
ainda que linda
distante do meu coração.

A minha distância,
significou felicidade para você,
para mim, saudade louca
em sorri por fora,
mas chorando por dentro:
covarde, triste...
Nas minhas certezas de não ser
e incertezas de ser para você,
o que poderia ser e nunca fui...

Reinaldo da Silva dos Santos
05/05/2014

terça-feira, 15 de julho de 2014

Recomeçar...

"Você não pode voltar atrás e fazer um novo começo, mas você pode começar agora e fazer um novo fim (...)"
Padre Marcelo Rossi

Ao ler este pensamento do Padre Marcelo, pensei por um lado, "sim, não podemos voltar atrás, mas por outro lado pensei, "mas podemos sim fazer um novo começo, através do Recomeçar e sim fazer um novo fim para nossas vidas". 
"Estou de volta e mais uma vez, Recomeçando e fazendo um novo fim, pela simples e humildes linhas do meu blog e das minhas palavras, que agora que você lê; minhas palavras já não são mais minhas, são nossas.

Reinaldo da Silva dos Santos
BH, 15/07/2014


terça-feira, 15 de abril de 2014

Lastimações de uma vida

A vida é linda.
A vida encanta.
A vida é alma.
A vida é bela.
A vida é vida.
O começo meio e o fim.

A vida vive
com seu viver
mas chora os prantos
de muitos sofredores
daqueles que foram sem justa causa
daqueles lamentam por irem
daqueles que a ignoram
daqueles somente aqueles que se condenam
daqueles que condenam que julgam injustamente
dos que pegam a fraqueza e a fazem desmoronar.

Daquele que não queria sofrer, mas sofreu.
Daquele que lutou, até quando aguentou,
mas era fraco porém não conseguiu.

Daquele que morreu e não renasceu,
da veemência de um sentimento
pela pessoa, por alguém.
Talvez viveu ao seu lado, mas foi vulgar
como versos em princípios
que não haveriam vida, mas estariam em si
confundindo ideias póstumas,
sem sentido, mas na qual falamos e não ouvimos.

Devemos ser fruto da ignorância
injusta e cruel
indigna e calada
que faz qualquer coisa em seu benefício.

Devemos gritar, chorar
porque há solidão.

Quando fechamos os nossos olhos e abrimos,
acordamos, mas de uma maneira diferente,
não saindo de um pesadelo,
mas entrando em um,
a realidade, a pura realidade da vida,
que se expressa a cada milésimo
a cada momento, o pesadelo da realidade.

Mas se fossemos andar regressivamente
sendo origem e começo
voltaríamos a ser o que não somos
porque não sabemos como seguir
ainda mais como voltar atrás.

Porque essa vida não tem conserto.
Porque só esperamos o fim,
o fim que está perto,
o qual não podemos fugir,
só o fim.

Reinaldo da Silva dos Santos
Viçosa, entre 12:32 – 12:56 do dia 22 de abril de 1997

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domingo, 13 de abril de 2014

A tristeza de um poeta

Tudo se dizimou em uma simples frase
que acabaram em versos
versos foram o infinito no qual não tem fim.

A vida se tornou destino
não o destino do passado,
mas sim o destino do futuro.

Vivo hoje a esperança de tela ao meu lado
do lado  a qual não é remoto,
a qual não morre.

É liberdade, pois que seja
é  a vida,
vida de sofrimento
a qual se faz de momentos
de tristeza e alegria.

O poeta pode morrer
mas seus versos ainda ficam vivos
como herdeiros de uma tristeza
que é expressada a cada estrofe.

O poema é o poema
o poeta é o poeta
queria ter todas
em meus braços
mas não sou cujo de coração.

Só vivo de sofrimento
um poeta igual as calçadas da rua
que é pisada a cada esquina.

A esquina do amor...
a esquina da solidão...
a esquina da vida...
Que mesmo sendo remota
se sobrepõe em seu modo de ser.

A esquina
que um dia poderá conter
um poeta louco de sofrimento
de dor e amargura.

Um poeta caído
em um sono eterno
no qual não se saberia mais como levantar
no qual eles iriam passar e pisotear.

Um poeta pobre de espírito e de alma
um poeta sofredor
que  vive fazendo o possível e o impossível
para viver alegre.

Seus amigos são inimigos
nos quais olham para uma figura como o poeta e diz:
Coitado...

Porém,
sou filho da vida
que me criou e me cria
que me educa
que me faz sofrer,
que me faz chorar.

Sou filho dela
a qual muitas vezes se decepciona
mas se não fosse ela
eu não seria nada do que eu não sou.

Reinaldo da Silva dos Santos

Viçosa (entre 13:30 às 14:16) do dia 14 de abril de 1997.


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sexta-feira, 14 de março de 2014

A estupidez de uma nação apagada

“Minha dor é perceber 
Que apesar de termos 
Feito tudo o que fizemos 
Ainda somos os mesmos 
E vivemos 
Ainda somos os mesmos 
E vivemos 
Como os nossos pais...”
                         Belchior

Vamos celebrar a estupidez humana
a estupidez da nação.
Somos filhos de uma ignorância
que nos julga não pelo fomos
mas sim o que somos e seremos.

Essa ignorância que a cada dia
é mais relúcida
que só em pensar
me faz vomitar versos desprezíveis.
Esta corrupção desvairada
são injustos e intrípados
minha boca amarga em falar deles.

Porque somos infelizes
somos pobres
pobres de espírito
que faz o coração derramar em rancor.
O ódio se eleva
em soltar frases
frases abusivas e concretas
porque!

Somos filhos dessa nação
não da nação do passado
mas a do presente.
Que nos julga
mas não olha
nem um palmo
a frente do nariz.
São injustos por não pensarem
por agirem de tal forma.

Somos tristes por que
não podemos fazer nada.
Eles cospem na gente
nos humilham
mas nos somos o futuro
o futuro de uma nação apagada.

A qual se ergue em guerra
a qual não pensa
a qual só se levanta
em tiros e rajadas
onde os governantes
são desgovernados.

Somos o que somos.
Assassinos ou vítimas
alcoólatras ou drogados
bons ou maldosos.

Nós fazemos o nosso próprio destino.
Dessa nação que nos julga por tudo
mas que é incapaz de se levantar e recomeçar.

Essa nação que a cada dia
se torna um buraco negro
o buraco da escuridão
do nada
do fim...

Sem filhos
sem nada.
Só uma triste nação apagada.

Reinaldo da Silva dos Santos
Viçosa, 27 de março de 1997.
12:30


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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Te amo

É manhã de quinta-feira
minha alma se afoga em devaneios
sinto saudades de você
a vida parece uma eternidade
cada segundo é um milésimo que passa
vejo um sorriso na minha frente
seus olhos tão lindos
os quais nunca mentem
mas escondem a timidez sincera e linda
seus rosto é interpretado a cada dia, de sol e lua
as estrelas são como teus olhos
que brilham
e acendem a minha noite
a noite de solidão.

Queria estar com você em outrora
só para te sentir
mas o tempo passa
a cada dia parece que
não liga para mim
mas isso pouco importa
entre vários olhares a um sempre especial
o meu, a qual olha uma figura
tão primorosa como você
mas cada quadra ou estrofe qualquer
são belas e lindas
todos sorrisos são benéficos
fico triste ao pensar em você  longe.

A cada manhã
uma nova esperança de te ver
mas do que me adianta
se não posso tocá-la, senti-la
meu olhar de longe se sega ao ver você
a escuridão me engana
é noite escura, crua e feia
é tempestade, é temporal
seu amor se apaga,
em tanta tristeza e mágoa
meu coração se desfalece
talvez seja o fim
a escuridão é imensa
não é sonho, nem fantasia
não é alegria, nem tristeza
é simplesmente nada, só nada
é apenas uma ignorância
que não se reluz
mas nunca acabarei triste
me extravio em origem.

Vejo uma luz
brilha como brilha
talvez seja você
o sorriso brilha
os olhos púrpuram.

O meu amor não sei o que dizer
os versos tropeçam
me desculpe
me perdi
mais és tão bela
que não tenho mais palavras pra dizer
Te amo.

Reinaldo da Silva dos Santos
27/03/1997

Série Enigmas da Solidão II parte - Outono                                                                                      13

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014


      SÉRIE


                 ENIGMAS 


                           
                               DA


                                     SOLIDÃO

                                                   Parte II



















"Mesmo que digas que meu 
 destino está traçado, sempre
 existirá o amanhã com suas
 incertezas e desconstruções."
                                       R.S.S.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Verões...

No verão da minha vida
o sol não brilha tanto assim
e apesar de uma pequena na Luz que
ilumina minha manhã:
ainda vivo, sofro
das incertezas e da solidão dos dias.

Que venha o Outono
com sua melancólicas certezas
abrigar meus sentimentos,
não lugar de paz,
mas aonde meu coração se sente em casa,
mesmo que vazia.

Nas incompreensões e na solidão de um ser
podem estar as soluções.
Ás vezes é melhor não ser
do que ser não sendo.
Minhas mais importantes palavras são silenciosas,
mais gritam lá no fundo do meu interior os que muitos não entendem...

Reinaldo da Silva dos Santos
01/02/2014