terça-feira, 15 de abril de 2014

Lastimações de uma vida

A vida é linda.
A vida encanta.
A vida é alma.
A vida é bela.
A vida é vida.
O começo meio e o fim.

A vida vive
com seu viver
mas chora os prantos
de muitos sofredores
daqueles que foram sem justa causa
daqueles lamentam por irem
daqueles que a ignoram
daqueles somente aqueles que se condenam
daqueles que condenam que julgam injustamente
dos que pegam a fraqueza e a fazem desmoronar.

Daquele que não queria sofrer, mas sofreu.
Daquele que lutou, até quando aguentou,
mas era fraco porém não conseguiu.

Daquele que morreu e não renasceu,
da veemência de um sentimento
pela pessoa, por alguém.
Talvez viveu ao seu lado, mas foi vulgar
como versos em princípios
que não haveriam vida, mas estariam em si
confundindo ideias póstumas,
sem sentido, mas na qual falamos e não ouvimos.

Devemos ser fruto da ignorância
injusta e cruel
indigna e calada
que faz qualquer coisa em seu benefício.

Devemos gritar, chorar
porque há solidão.

Quando fechamos os nossos olhos e abrimos,
acordamos, mas de uma maneira diferente,
não saindo de um pesadelo,
mas entrando em um,
a realidade, a pura realidade da vida,
que se expressa a cada milésimo
a cada momento, o pesadelo da realidade.

Mas se fossemos andar regressivamente
sendo origem e começo
voltaríamos a ser o que não somos
porque não sabemos como seguir
ainda mais como voltar atrás.

Porque essa vida não tem conserto.
Porque só esperamos o fim,
o fim que está perto,
o qual não podemos fugir,
só o fim.

Reinaldo da Silva dos Santos
Viçosa, entre 12:32 – 12:56 do dia 22 de abril de 1997

Série Enigmas da Solidão II parte - Outono                                                                                      16

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