sexta-feira, 14 de março de 2014

A estupidez de uma nação apagada

“Minha dor é perceber 
Que apesar de termos 
Feito tudo o que fizemos 
Ainda somos os mesmos 
E vivemos 
Ainda somos os mesmos 
E vivemos 
Como os nossos pais...”
                         Belchior

Vamos celebrar a estupidez humana
a estupidez da nação.
Somos filhos de uma ignorância
que nos julga não pelo fomos
mas sim o que somos e seremos.

Essa ignorância que a cada dia
é mais relúcida
que só em pensar
me faz vomitar versos desprezíveis.
Esta corrupção desvairada
são injustos e intrípados
minha boca amarga em falar deles.

Porque somos infelizes
somos pobres
pobres de espírito
que faz o coração derramar em rancor.
O ódio se eleva
em soltar frases
frases abusivas e concretas
porque!

Somos filhos dessa nação
não da nação do passado
mas a do presente.
Que nos julga
mas não olha
nem um palmo
a frente do nariz.
São injustos por não pensarem
por agirem de tal forma.

Somos tristes por que
não podemos fazer nada.
Eles cospem na gente
nos humilham
mas nos somos o futuro
o futuro de uma nação apagada.

A qual se ergue em guerra
a qual não pensa
a qual só se levanta
em tiros e rajadas
onde os governantes
são desgovernados.

Somos o que somos.
Assassinos ou vítimas
alcoólatras ou drogados
bons ou maldosos.

Nós fazemos o nosso próprio destino.
Dessa nação que nos julga por tudo
mas que é incapaz de se levantar e recomeçar.

Essa nação que a cada dia
se torna um buraco negro
o buraco da escuridão
do nada
do fim...

Sem filhos
sem nada.
Só uma triste nação apagada.

Reinaldo da Silva dos Santos
Viçosa, 27 de março de 1997.
12:30


Série Enigmas da Solidão II parte - Outono                                                                                      14

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