sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Jardim da Esperança

A cada dia os poemas do passado se tornam
reais memórias em minha vida...
Ruínas de sentimentos que surgem
depois de tempos removidos
pela poeira do tempo...
                                                             R.S.S.   

Quero dizer em versos
a beleza cuja
sobretudo tendo em seu interior.

Quem sou eu
para dizer tão simples versos
um poeta cego
de sofrimento
que amargura a cada dia
uma ideia de se apaixonar
pela vida
por essa vida que você a vive
e que você a torna cada dia mais linda.

Você traz em si
uma coisa tão linda nesse teu olhar
que encanta qualquer um.

Você com esse seu olhar
me faz até chorar por dentro
em lágrimas de felicidade
sendo inata paixão.

Esta paixão que tem origem na percepção de sua beleza
e é essa obcessão por essa beleza
que faz rasgar em desejos meus sentimentos
sobre todas as coisas
possuir teus abraços
e cumprir o comum acordo
entre todos  mandamentos
estar com você e sentir,
mas cuja profecia
não posso
a vida não me permiti amar
porque já sofri demais.

Penso em você
mas tenho medo de esta com você.
não quero te magoar
não por sofrer
mas por te fazer sofrer.

A realidade me afoga
nos meus sentimentos
você é como uma flor rara
meu jardim desconhecido.

Meus versos são invasores
na poética jardineira de sua vida
os momentos são pétalas
que renascem a cada dia.

Sua voz é o ar puro e é linda
me sinto nesse jardim
parado imune, quero desaparecer dele
pois posso dar um passo
e pisar em uma flor e assim estragar o jardim e a sua beleza
não quero que isso aconteça. Por que.

A vida é feita de lugares e pessoas
Sentimentos e emoção
não é por fugir e saber por quê
que num mundo tão grande
aonde eu estiver eu saberei que você estará.

Em algum lugar
não pensado em mim
mas eu estarei pensando em você
como uma simples flor que dela
se forma um lindo jardim
minha flor da esperança...

Reinaldo da Silva dos Santos
15:30 de 18 de março de 1997.

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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Eterno amor



Porque dormir
Se a morte é um
Eterno sonho...
   R.S.S.

Amor mudo
Amor surdo
Não quer me ouvir
Não quer me falar
Sei que errei
Mas errei como
Consigo ou comigo
Me enganei
Me amargurei
Quero propor
Minhas falas escritas em sua homenagem:
quando você partiu
não mediu
as consequências do sofrimento.
Quando me desprezou, não pensou.
Quando, pensei, falei, chorei e desesperei
você não.
Quando não, pra você já era.
Como uma página virada
um branco, um nada.
Mas a vida é como um carrossel.
Um dia você está em baixo
e outro você está lá em cima.
Pensei que nunca mais ia te ver
no decorrer da minha vida.
Quatro dias se passaram...
Quatro beijos.
E depois recebo uma folha de papel,
escritas palavras que poderiam
ter mudado tudo,
mas não mudou,
se transformou.
Porque o amor se transforma em:
Ódio
Desprezo
Amargura
Dor e sofrimento quando não se ama.
Mas quando se ama de verdade,
não se transforma
permanece puro
até o fins de sua vida,
porque o amor
não é uma lembrança
que vai e depois volta.
O amor é passado, presente e futuro.
Porque o amor
viveu, está vivendo e quer viver mais ainda.
Porque se fosse uma lembrança
só estaria na memória, seria fictício.
Mas eu te sinto
Mesmo você não pensando em mim
Eu sempre gostei de você
Mas você não percebe.
Você esta ai, mais eu não.
Talvez, algum dia e alguma hora
Você possa dizer voltei!
Que por mais que a gente lute
Por uma pessoa, a gente nunca esquece
E quando ela vem, vem pra ficar
Talvez assim se resumindo o eterno amor.

Reinaldo da Silva dos Santos
09:14 de 15 de março de 1997.
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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

A deusa e o Poeta

Não
        mintam
                       meu
                               sonhos
                                              para  
                                                       que
                                                              eu
                                                                    não
                                                                            viva 
                                                                                     feliz
                                                                                              assim...
                                                                                                              R.S.S.
A deusa e o Poeta

Todas palavras
são escritas de maneira
mais simples.

Todos os sentimentos
não são ditos
tudo é escondido
de maneira fechada.

As vezes amam em silêncio
choram por dentro
mas não podem se expressar.

Vozes mudas trocam farpas entre si
a lágrima cai totalmente seca
num gesto de esperança e compaixão.

Querem te amar
mas você os ignora
será que não os enxerga
ou não está afim.

Eles conhecem
a vida, a origem, o som, a forma, a doença, a alma.

Elas sabem tudo
de menos como te conquistar,
as vezes querem sonhar com você
as vezes podem te beijar,
mas mesmo se sobrepondo
você ainda é difícil.

Até no sonho...

Essas pessoas são tão inquietas
que ao seu lado se transformam
em uma só alma
em um só ser.

Olham para você
a veneram
como se fosse uma Deusa.

Flores você as olha
perfume você isala
a alma se purifica
com um simples sorriso
que vale por uma vida inteira.
Sentindo-se como uma figura eminente
chega a cegar a alma
ao ver que a figura ilustre
e ao mesmo tempo amoral,
é um simples poeta que entre.

Versos e falas
pessoas e lugares,
faz de tudo para
redigir e ratificar
palavras.

Não só por escrever
e sim ver este sorriso lindo
e está com você pelo menos
em um momento de sua vida
Deusa do Amor.

Reinaldo da Silva dos Santos
14:05 de 17 de março de 1997.


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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Desabafo Solitário


"Qualquer palavra dita 
  se não compreendida
  se não comprometida
  são apenas palavras..."
                                         R.S.S

Desabafo Solitário

Fala solidão
se rasgue de paixão
tão solitária
no seu jeito de ser.

Eles esperam de ti
estão em ti
os sofredores
Corações desenganados
pela decepção.

Fala solidão
deixe os prantos
se decair em mágoas
deixe-se desabafar
segure o rancor
abafe o ódio
fala por falar
não os aceite
apenas se deflame
no seu revoar.

Porque quem vive em ti só
vê a paz e a tristeza
mas pelo menos não vê,
o sofrimento e o ferimento
só vê somente a paz.

Porque eu vivo a solidão
eu sou a solidão.

Porque a solidão me traz paz e alegria
e   a  presença
   só     
                                       faz
                                                        doer,          
                                                                            só.
 Solidão...                                                                                     
 Reinaldo da Silva dos Santos
09:30 de fevereiro de 1997.

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domingo, 2 de dezembro de 2012

Chega descansar palavras!
Elas já mofam nos escuros 
e úmidos cantos do meu coração...
Precisam de Luz, Ar, Paixão e Vida.
Palavras silenciadas no coração!
São palavras mortas.




Mundo


A vida é precisa matemática
e profunda mas não se pode calcular
os seus passos morrem sem pensar.

Sem pensar o que fazer o mundo gira em torno de nós.
Sem pensar o que pensar o mundo para.
Sem parar o parado o mundo é nada.
Sem nada o mundo pode ser uma arma.
Sem arma pode ser uma paz.
Sem paz o mundo é uma guerra.
Sem guerra viveremos.
Sem a guerra não sofremos.
Mas se o sofrimento for sincero.
Haverá mundo.
Se o mundo
For sincero
Haverá
Vida
Se a natureza for real.
Será mansa.
E se a mansitude
For plena.
Haverá versos.
Que ao trocar rimas se tocaram no ar.
Se houver versos.
Haverá alegrias.
Porque os mais lindos versos
São escritos por um poeta
E não pelo mundo vazio.
O qual que se só faz com história.
                                   Carpe diem.

Reinaldo da Silva dos Santos
10:30 de Janeiro de 1997.
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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Protesto de um poeta

Sentimento mudo.
Sentimento puro.
Puro ardor, mas não guarda rancor.

Sentimento alheio
que não guarda receio.
Vive por viver, sem prazer.
Não alegra em crer, que possa amar.

Há razão, sem emoção.
é falso mas as vezes sincero
é bobo é tolo
é amável, mas também inganável.

Nunca acredites em tudo que vê,
pois não tem jeito de ser.

É esperança é vingança
é morte é vida
é maturo é imaturo
é alegre mas é triste.

É inegavelmente vida
porque não tem medo de consolo,
alegria de não viver o sonho,
quase se sobrepondo do seu  modo de ser.
Solidão mansa que descansa no desprezo de ser.

Um dia cruel, ás vezes como vil,
aos barros sem amassos,
apenas ele, feito ele,
porque não sabe chorar, talvez nem rir,
se magoa atoa, mas se liberta
é triste é bobo.

Sofrimento inútil.
Não os dão atenção.
Tristeza bem triste.
Alegria invejável,
só a tem com outras pessoas
por quê?

Talvez eles pensem e criticam:
- Que poeta é esse?
- Que só sabe falar de si próprio.
- Seus poemas são todos iguais.

Mas por quê?

Sendo que todos os poemas
só querem expressar a vida , o choro, a alegria.
Cada um fala de uma coisa
e expressa coisas diferentes.

Pois quem não ama e não é alegre,
nunca entenderá.

O valor de um ser.
O valor da vida.
E o mais importante,
O seu próprio valor.

Reinaldo da Silva dos Santos
Noite de 16 de outubro de 1996.

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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A vida e o mundo

A vida é uma bola que rola
só não entende que não se não cola
porque o mundo é uma bola
que gira e que rola,

que nunca para e nem dispara
que nunca desprende e nem se tende,
mas os seres humanos vivem nele
como parte dele
porque se não fosse um dom deles
eles mesmos seriam eles
porque se não:

não sofriam
não choravam
não amavam
não odiavam
afinal, não perdoariam.

Seus ódios os corrompem,
a tristeza os abatem,
a raiva os sugam
todos mudam,
não se controlam
se apavoram
não enxergam
nem eles mesmos,

só por desprezo
tudo que é errado é certo,
pensam em tudo mas é resto,
o lindo é feio
a alegria é o desprezo.

Pobres...
pensam que são nobres
passando por cima de todos,
certos ou bobos
tristes ou alegres
levar ou não levar
sofrer ou não sofrer
chorar ou não chorar
odiar ou não odiar
a vida ou não viver.

Por quê?

Afinal
a coisa mais importante na vida ou no mundo
É viver.

Reinaldo da Silva dos Santos
Noite de 25 de setembro de 1996.
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O papel e o poeta

O papel não é puro
ele é simplesmente mudo
não diz nada, só sente
uma coisa que nunca mente
porque é sincero,
não fala sério
não faz graça
nem desgraça
não inveja
e não é invejado
não ama
e não é amado
é apenas um nimbo,
que se jogarem pro auto
cai limpo
até virem e pisar nele,
como poeta ele
se sentirá sujo
pelas críticas de um crítico mudo
mas quem são eles para criticar
se ele só quer expressar
os sentimentos da vida
com os seus últimos suspiros ainda.
O Poeta ama
mas não é amado
somente desprezado,
não tem direito de falar
só de expressar
será porque eles não enxergam?
Pobres, não sabem amar
amar a arte da alegria
a alegria que o poeta expressa
pobres, só pobres críticos
sentem e  dizem que amam
quem sou para ti amar
se só tenho alegria e rancor no meu coração.
Por não amar
ás vezes me alegro
mas também ofendo
por não saber me controlar.
Se um dia me perguntarem
por que sou poeta
peço a essa pessoa que se cale
para não dizer mais nada,
porque todos sofrem
mas no fundo não sabem de nada.
Porque as vezes o amor é como um papel,
que você pega e rasga,
como se não tivesse valor, sentindo, nada.
Porque para ser poeta não é
preciso escrever em rimas
é ser que nem um papel
ser ele mesmo,
sentir e não sentir,
porque se você perder o gosto da vida
simplesmente vira nada e acaba se queimando
por mãos dos seus próprios entes queridos.
Por isso:
Seja como um papel mesmo que ridículo, mais seja você mesmo.

Reinaldo da Silva dos Santos
Noite de 29 de agosto de 1996.

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sábado, 18 de agosto de 2012

Poeta Imortal


Quem sou eu para beijar
um lábio tão encantador como o seu
nos teus olhos brilham, alegria e felicidade.

Às vezes tenho medo de estar com você
a solidão me invade a cada dia,
não por faltar amor
e sim por eu ser tão inseguro,
por não me entregar e viajar
 e sentir o amor verdadeiro

esse amor que tanto encanta os mortais,
que vivem querendo ser imortais,
não para terem poderes, mais sim para
sempre viver ao seu lado,
no amor e na dor.

Quem sou eu?
Parar dizer que ti amo, se sou eu mesmo,
sendo que ti amo é um murmúrio
que sai da boca  e não do coração,

simplesmente daqueles
que não amam e não sofrem,
daqueles que não se desesperam
 e não sentem o coração doer,
ao ver a pessoa que mais ama dizer:
 - Some da minha vida.
Um simplesmente, acabou!

Quem sou eu?
Apenas um pobre mortal
que vive ao seu lado
com medo de tudo e de todos
até de viver.

Esse pobre!
Que um dia você poderás estar olhando
com os próprios olhos encantadores
estes que não iriam mais brilhar
e sim se aprofundarem em lágrimas
e seus lábios murmurando me dizendo:

 - Porque você se foi?
Pobre mortal, no meu coração você
simplesmente era e sempre será
Imortal.

Reinaldo da Silva dos Santos
Noite de 25 de junho de 1996.
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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

ENIGMAS DA SOLIDÃO


SÉRIE 

            ENIGMAS 


                                DA 




                                        SOLIDÃO

                                                       PARTE I



Muitos dizem que entendem,
sabem da sua dor, o que se 
passa em seu interior...
Na verdade não sabem...
                                     R.S.S.




...E acho que tudo começou mais ou menos  assim... 
R.S.S.. 

Sentimentos do Poeta



Em tantos gritos e falas, eu quero falar
quero dizer o que sinto
mesmo que nem todos precintam
mas eu quero falar.

Falar e expressar os sentimentos
mesmo eles não querendo sentir
falarei do amor, até da dor
de tudo aquilo que passou
mesmo que já tenha passado,

quero rolar os prantos
mesmo sem encantos
quero dizer
mas chorar pra quê

não me ouvem, não os ouvem
não me olham
mas eles choram
Porque?

Será que já estão cansados de viver?

Não quiseram me ouvir,
na hora que eu declamei:
Porque tudo foi como uma Flor
que passou de mão em mão
até cair no chão
até perder valor
sem querer odor
sem ódio

porque mesmo se fosse o plório
seria tarde demais,
pois não deu valor
e nunca terá jamais.

Reinaldo da Silva dos Santos
Viçosa - MG, noite de 03 de Maio de 1996.


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