"Estou desorganizada porque perdi o que não precisava? Nesta minha nova covardia – a covardia é o que de mais novo já me aconteceu, é a minha maior aventura, essa minha covardia é um campo tão amplo que só a grande coragem me leva a aceitá-la –, na minha nova covardia, que é como acordar de manhã na casa de um estrangeiro, não sei se terei coragem de simplesmente ir. É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me mesmo seja de novo a mentira que vivo."
Clarice Lispector - do Livro: A Paixão Segundo G.H.
Resumo da minha existência
Escorregar
desequilibrando
estar tão perto da
desistência
de desistir de tudo o
que até
hoje não foi
construído.
Não mais viver vivo no
mundo
do real impulsionado
pelos sonhos,
mas sonhar imaginando o
que na
realidade não
acontece.
Olhar para você e não
ti ver mais
do que um reflexo, da
minhas vitorias
que foram ganhas, mas
não aceitas
pensar que voltar ao
hoje e ver que
não construí o
passado e ele passou
sobre mim,
atropelou-me...
E como não tenho
posses, bens, dinheiro...
Não se importa, não
se importam
o que eu vejo em meus
pensamentos...
Na verdade muitas vezes
não existo
quase um fantasma, ou
um objeto
incorporado ao
cotidiano
na esperança de ser
notado e não
visto como mais um que
só tem
defeitos, problemas...
Pior que o próprio
signo a que se refere “COITADO”.
É como não existir,
existindo...
Reinaldo da Silva dos Santos
Belo Horizonte 30/05/2012

Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário!