quero apagar
tudo que rolou
deixarei passar
não guardo mágoa ou rancor de ninguém
quero viver uma nova vida.
Sofri muito
após esse tempo passado
perdi e ganhei amigos
sonhei e me fantasiei
vivi por viver
não esquentei com nada
o sofrimento me difamou por dentro
a ignorância me corroeu por dentro
não estava em mi mesmo
fiquei pra baixo
não senti nada
triste comigo mesmo
pensei em todos meus erros
e achei a solução.Me fechar com o mundo
ser eu mesmo
a qual a ilusão não me tocaria.
Levantei
me orgulhei
cheguei ao fins dos versos
de Lembranças
de fraquezas
cheguei ao fim
o fim de tudo
de alegria e de tristeza
mas ao fim de mi mesmo.
Sem medo de sorrir ou chorar
sem a vergonha que me difamava
sem o ódio alheio
apenas versos sem sentido
para alguém
que não me quer
que me vê sofrer
mas adora o sofrimento
alguém que pisa me mim
como seu capacho.
Sinto acabar a cada momento
a poesia dos passos
dos enfermos
dos passos
difíceis e indecoráveis
de só ida
e não volta
porque o seu amor linda morena.
Vai mas não volta.
Reinaldo da Silva dos Santos
Viçosa-MG
16/05/1997
Série Enigmas da Solidão - Parte III 18
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