sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Sentimentos

É tarde de sexta-feira 
minha alma descansa sobre um papel e uma caneta
traço linha de coisas vividas aqui
no passado e no futuro 
amigos
lugares 
pessoas 
encontros e desencontros.
Tento colocar lógica 
em cada linha
o ódio é a tinta
o amor é a parte plástica que cobre a tinta
a mão é a ignorância que diz e reclama
por esse tempo passado
por esse sacrifício 
de sofre e fazer sofrer.
Tenho ideias a quais percorrem e cobrem todo o ar
tenho obrigação de fazer justo cada palavra cada ideia.
Mesmo sem sentido
quero escrever esta poesia
da vida confusa
na qual vivo 
quero escrever o sofrimento
no qual sou submetido
quero sofrer
o sofrimento que já estou sofrendo.
O homem não pensa ao amar
ele se entrega de corpo e alma a um sentimento
estúpido e mesquinho
totalmente enganável
confia até em seus demônios
na sua cruz que pode crucificá-los 
nos seus servos 
na sua idolatrada pátria
acabada e desgastada.
Somos seres de solidão
de um mundo sem razão 
feitos em desespero 
de ideias contrárias 
de amores que nos enganam
de pessoas blasfêmicas 
de versos incansáveis
de um amor apagado.
Somos de um sofrimento real 
no qual esta guardado no coração
no qual preciso
no qual que me vê e não crê.
Mas não quero igualar a realidade
de sofrimento e de amores perdidos
não quero ver você me difamar
não quero você mas a tenho 24 horas sem cessar. 
Porque você me 
declama e difama 
esse sofrimento
que me maltrata
que me olha
e me evapora
e que acaba me transformando em 
nada. 

Reinaldo da Silva dos Santos
Viçosa, MG - 16/05/1997

Série Enigmas da Solidão - Parte III                        19

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Passos de Tristeza

Tudo que passou
quero apagar
tudo que rolou
deixarei passar
não guardo mágoa ou rancor de ninguém
quero viver uma nova vida.
Sofri muito
após esse tempo passado
perdi e ganhei amigos
sonhei e me fantasiei
vivi por viver
não esquentei com nada
o sofrimento me difamou por dentro
a ignorância me corroeu por dentro
não estava em mi mesmo
fiquei pra baixo
não senti nada
triste comigo mesmo
pensei em todos meus erros
e achei a solução.
Me fechar com o mundo
ser eu mesmo
a qual a ilusão não me tocaria.
Levantei
me orgulhei
cheguei ao fins dos versos
de Lembranças
de fraquezas
cheguei ao fim
o fim de tudo
de alegria e de tristeza
mas ao fim de mi mesmo.
Sem medo de sorrir ou chorar
sem a vergonha que me difamava
sem o ódio alheio
apenas versos sem sentido
para alguém
que não me quer
que me vê sofrer
mas adora o sofrimento
alguém que pisa me mim
como seu capacho.
Sinto acabar a cada momento
a poesia dos passos
dos enfermos
dos passos
difíceis e indecoráveis
de só ida
e não volta
porque o seu amor linda morena.
Vai mas não volta.

Reinaldo da Silva dos Santos
Viçosa-MG
16/05/1997 


Série Enigmas da Solidão - Parte III         18

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Nos maiores silêncios e ausências dos tempos e que se escondem os grandes tesouros das palavras não ditas... Terceira parte da Série Enigmas da Solidão...


 SÉRIE


                 ENIGMAS 


                           
                               DA


                                     SOLIDÃO

                                                     Parte III

















"Mesmo que digas que meu 
 destino está traçado, sempre
 existirá o amanhã com suas
 incertezas e desconstruções."
                                       R.S.S.