“Minha
dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Como os nossos pais...”
Que apesar de termos
Feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Como os nossos pais...”
Belchior
Vamos
celebrar a estupidez humana
a
estupidez da nação.
Somos
filhos de uma ignorância
que
nos julga não pelo fomos
mas
sim o que somos e seremos.
Essa
ignorância que a cada dia
é
mais relúcida
que
só em pensar
Esta
corrupção desvairada
são
injustos e intrípados
minha
boca amarga em falar deles.
Porque
somos infelizes
somos
pobres
pobres
de espírito
que
faz o coração derramar em rancor.
O
ódio se eleva
em
soltar frases
frases
abusivas e concretas
porque!
Somos
filhos dessa nação
não
da nação do passado
mas
a do presente.
Que
nos julga
mas
não olha
nem
um palmo
a
frente do nariz.
São
injustos por não pensarem
por
agirem de tal forma.
Somos
tristes por que
não
podemos fazer nada.
Eles
cospem na gente
nos
humilham
mas
nos somos o futuro
o
futuro de uma nação apagada.
A
qual se ergue em guerra
a
qual não pensa
a
qual só se levanta
em
tiros e rajadas
onde
os governantes
são
desgovernados.
Somos
o que somos.
Assassinos
ou vítimas
alcoólatras
ou drogados
bons
ou maldosos.
Nós
fazemos o nosso próprio destino.
Dessa
nação que nos julga por tudo
mas
que é incapaz de se levantar e recomeçar.
Essa
nação que a cada dia
se
torna um buraco negro
o
buraco da escuridão
do
nada
do
fim...
Sem
filhos
sem
nada.
Só
uma triste nação apagada.
Reinaldo da
Silva dos Santos
Viçosa, 27 de
março de 1997.
12:30
Série Enigmas da Solidão II parte - Outono 14
