terça-feira, 31 de maio de 2011

Será que não falta um pouco de poesia em nossas vidas?

Depois de uma longa ausência, causadas pelo silêncio e por vários motivos que permeiam nossas vidas cotidianas, dos quais trarei para vocês nos próximos dias, com alguns artigos e textos que recebi e tive contato nas últimas semanas, segue um poema, no qual guardo e retomo recordações.
Este poema foi declamado em um Sarau na Faculdade FAMINAS-BH, se não me trae a memória no ano de 2008, organizado pelo grande Professor de Literutura Luiz Fernando. Fica aqui a pergunta, será que não falta um pouco de poesia em nossas vidas?
Reinaldo S.S.

AMOR PROIBIDO


Pensar no futuro é pensar em você,
e entre tantos planos
ter mais emoção de viver.

É dividir com a melancolia
esses momentos de solidão,
é querer um bem perdido, desconhecido,
mas ter a certeza que vive em teu coração.

Acode a vida sem ar
e no coração uma vontade de respirar
e te achar ao meu lado,
a cada vez que sentir saudade.

Meu futuro é incerto,
pois não tenho o teu amor,
a morte é certa, a procura existe.

Você está ai perdida entre
tantas mulheres do mundo,
onde os meus olhos se cruzam
sempre na esperança de te achar;
mas um dia você ultrapassará as barreiras do tempo;
conseguindo esse dia...
entre tantos sonhos e esperanças... me encontrar...
No silêncio de um simples olhar...

Reinaldo da Silva dos Santos.



quarta-feira, 11 de maio de 2011

Nosso interior

Pensando hoje em tempos, memórias, pessoas, lugares...Reflito...
Nos preocupamos em desvendar teorias e propor novas tecnologias...
E o nosso interior...Estamos reamente cuidando do nossos interiores?
Reler nosso interior é cuidar das nossas mentes...
Como traz esta linda canção do grande artista mineiro Vander Lee.


Reinaldo S.S.

Meu Jardim

Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores                   
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores                   
Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores 


Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores
Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho                                
Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho
Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho

Estou podando meu jardim
Estou cuidando bem de mim

Composição de Vander Lee



segunda-feira, 9 de maio de 2011

Da importância do tempo

Há alguns dias não posto mensagens. Hoje venho agradecer refletir com vocês leitores que acompanham meu blog, algumas observações feitas no último mês de abril de 2011.

Devido ao meu "isolamento", por motivos pessoais e profissionais; dos meus amigos, colegas e familiares, tive a oportunidade de reencontrá-los  e revê-los no final do mês  passado e início deste mês, em ocasião do "feriadão". Nesta oportunidade tive a felicidade de trocar ideias, colocar as conversas em dia e saber como vão as coisas, não somente aqui em BH,  já que tenho muitos amigos e parentes também na cidade de Viçosa - MG, terra natal do meu Saudoso Pai (João Carlos - "João 40") e por onde morei entres os anos de 1989 até 2005.

Minha reflexão parte através da relação que estabelecemos com aqueles que amamos. Em que temos pouco tempo nas nossas rotinas diárias, em que lutamos para encontrar uma brecha em nossas agendas,  para estarmos com nossos amigos e aquelas pessoas que consideramos.

Observo que nestas oportunidades temos o prazer e a felicidade de reencontrarmos e buscarmos forças para nossas "lutas" do dia a dia,  estes momentos nos fazem lembrar que  por mais que o tempo passe; os verdadeiros laços de amizades e familiares ultrapassam a barreira do tempo, mesmo que estes reencontros durem horas, segundos, ou até mesmo um simples estante, ou um olhar.

Estas reflexões nos recordam de um trecho de uma canção  que trago para exemplificar resumir esta reflexão, apesar que no seu contexto  ela tem outro fim, mas que podemos adaptar aqui. Ela resumi bem a importância de se aproveitar estes reencontros, esse trecho diz assim:  “Que na vida o hoje tem que aproveitar... Por quê?... Eu não sei se o amanhã há de chegar".

Que fique então estas reflexões e agradecimentos a todas estas pessoas, que revi nestes últimos dias, mesmo que tenha sido por curto espaço de  tempo; uma manhã , uma tarde, uma noite de sábado ou domingo.
Que Deus desperte em nós a sabedoria para aprendermos a valorizar os momentos com aquelas pessoas que amamos e consideramos, que estes momentos sejam sempre de felicidades, de lembranças, de recordações boas e trocas benéficas e positivas. Mesmo que estes momentos sejam por cinco minutos, meia hora, uma hora uma tarde, um dia, uma semana..."O importante é o reencontro com toda sua intensidade e consideração, e não o tempo (khrónos) em que ocorre”.

Estas são minhas palavras, reflexões deste momento que podem durar 5 minutos, meia hora, uma hora uma tarde, um dia, uma semana...Depende de você...

"Valeu por você existir amigo"
Valeu por vocês existirem amigos...

Reinaldo S.S.

Aos dias das Mães

Ontem foi o dia das mães,
alíás hoje é o dia das mães,
amanhã é o dia das mães.

Fora do seu contexto capitalista e comercial,
todo dia é dia das Mães...
"Mãe é Mãe".
 Fico triste com que vejo entre Mães e filhos atualmente,
mas porém me alegro com os exemplos de força, luta, determinação, Amor e esperança...

Mãe hoje que estas nos céu,
sei que todo dia é o seu dia,
sempre a me guiar, a me proteger,
sempre ao meu lado...

Saudades de ti minha Mãe, Juraci...
Que me ensinou que quando amamos de verdade,
não importa as distâncias...

Reinaldo S.S.

Esta foi uma reflexão que virou um poema, abaixo segue uma grande obra prima, de Giuseppe Ghiaronie  que ouvi e me emocionei e tenho o prazer de compartilhar com vocês.

Reinaldo S.S.

Poema das mães, de Giuseppe Ghiaroni

Mãe! hoje eu volto a te ver na antiga sala
onde uma noite te deixei sem fala
dizendo adeus como quem vai morrer.
E me viste sumir pela neblina,
porque a sina das mães é esta sina:
amar, cuidar, criar e depois perder.
Perder o filho é como achar a morte.
Perder o filho quando, grande e forte,
já podia ampará-la e compensá-la.
Mas nesse instante uma mulher bonita,
sorrindo, o rouba, e a velha mãe aflita
ainda se volta para abençoá-la.
Assim parti, e nos abençoaste.
Fui esquecer o bem que me ensinaste,
fui para o mundo me deseducar.
E tu ficaste num silêncio frio,
olhando o leito que eu deixei vazio,
cantando uma cantiga de ninar.
Hoje volto coberto de poeira
e te encontro quietinha na cadeira,
a cabeça pendida sobre o peito.
Quero beijar-te a fronte, e não me atrevo.
Quero acordar-te, mas não sei se devo,
não sinto que me caiba este direito.
O direito de dar-te este desgosto,
de te mostrar nas rugas do meu rosto
toda a miséria que me aconteceu.
E quando vires e expressão horrível
da minha máscara irreconhecível,
minha voz rouca murmurar:”Sou eu!”
Eu bebi na taberna dos cretinos,
eu brandi o punhal dos assassinos,
eu andei pelo braço dos canalhas.
Eu fui jogral em todas as comédias,
eu fui vilão em todas as tragédias,
eu fui covarde em todas as batalhas.
Eu te esqueci: as mães são esquecidas.
Vivi a vida, vivi muitas vidas,
e só agora, quando chego ao fim,
traído pela última esperança,
e só agora quando a dor me alcança
lembro quem nunca se esqueceu de mim.
Não! Eu devo voltar, ser esquecido.
Mas que foi? De repente ouço um ruído;
a cadeira rangeu; é tarde agora!
Minha mãe se levanta abrindo os braços
e, me envolvendo num milhão de abraços,
rendendo graças, diz:
“Meu filho!”, e chora.
E chora e treme como fala e ri,
e parece que Deus entrou aqui,
em vez de o último dos condenados.
E o seu pranto rolando em minha face
quase é como se o Céu me perdoasse,
me limpasse de todos os pecados.
Mãe! Nos teus braços eu me transfiguro.
Lembro que fui criança, que fui puro.
Sim, tenho mãe! E esta ventura é tanta
que eu compreendo o que significa:
o filho é pobre, mas a mãe é rica!
O filho é homem, mas a mãe é santa!
Santa que eu fiz envelhecer sofrendo,
mas que me beija como agradecendo
toda a dor que por mim lhe foi causada.
Dos mundos onde andei nada te trouxe,
mas tu me olhas num olhar tão doce
que , nada tendo, não te falta nada.
Dia das Mães! É o dia da bondade
maior que todo o mal da humanidade
purificada num amor fecundo.
Por mais que o homem seja um mesquinho,
enquanto a Mãe cantar junto a um bercinho
cantará a esperança para o mundo!


07 de Maio de 2011 por José Lino