quarta-feira, 28 de março de 2012

Janelas da Alma

"Só o que morreu é nosso, só é nosso o que perdemos."
Jorge Luís Borges.

Sentir não é apenas traduzir em versos e palavras
aquilo que sentimos por dentro...
Calado...
Oculto...
Agudo...
Abafado...

Sentir pode ser traduzido em um olhar...
Em um momento...
Em um segundo...

As vezes penso que:
Por mais que digamos...
Por mais que choramos...
Por mais que gritamos...

Não existe nada que expresse
o que sentimos naquele momento...
Através de um simples... Singelo olhar...
Nele é que se encontram as palavras,
as verdadeiras repostas.

Nele esta escondido sem silêncio,
palavra, (dureza), ou apenas pureza,
ou na realidade, o que somos em essência...

Hoje me viu, ontem me teve,
hoje eu te vi, mas não te reconheci,
o olhar também guarda indiferenças...

Mais também guardam memórias,
coisas boas e momentos bons que vivi...
Eu sei, nunca te olhei nos fundos dos olhos,
acho porque antes tocaste meu coração,
em gritos de paixão e desejo...

Olho através do tempo,
no passado vejo dor,
no presente, incertezas...
no futuro...

Olhos...olho...
Janelas da Alma....
Me olham não me enxergam,
Me enxergam, mas não me entendem...Porque?
Olhos. JANELA DA ALMA...

Reinaldo da Silva dos Santos. (R.S.S.)



sexta-feira, 23 de março de 2012

O que sentimos por dentro...

Perdidos na indiferença do teu olhar
meus sonhos morrem...
Perdem sentido na vida que quer se realizar,
mas que se desfaz no desespero de não te ter.

No silêncio de minha alma cansada
para perplexo perante o seu mundo.
Meu mundo a cada dia passa, e penso 
nas promessas que nunca foram prometidas
e nas realizações jamais realizadas...

Talvez o seu tempo seja diferente do meu
ou a vida para você seja mais prática,
eu não sou egoísta, pelo contrário,
os dias caem sobre mim em chuvas de solidão...

Aprendemos a olhar o tempo através 
de esquemas que nos completam...
E se enquadrar nestes esquemas
atormentam minha mente...

O meu esquema se resume a silêncio e solidão,
dizer que tudo está bem só para o mundo
e sua rotina funcionarem normal.

Assim nos desprendemos da preocupação 
e da obrigação de lembrarem que nós existimos.

Assim os dias passam...

Com suas próprias rotinas alimentadas 
por estas individualidades, que não mais  
representam que esquemas de rotinas.

Assim vivemos como se cada dia 
fosse uma repetição estampada na tela dos nossos olhos, 
um retrato pregado sempre a nossa frente.

Assim vivo... Na tentativa de quebrar estas imagens...
Este fantasmas que me acompanham...Em um teatro da vida, 
composto de vários momentos e personagens...

Quanto ao Coração... Bate. Em silêncio,
já não mais chora, já não mais incomoda.
Quer se completar, mais é humano e erra,
tem medo de seguir de viajem...

Em momentos de desespero...
penso em dar um CLT+ALT+DEL...
E reiniciar a minha vida...
Do zero.

Reinaldo da Silva dos Santos. (R.S.S.)

domingo, 18 de março de 2012

Enquanto

Estive ausente a quase um mês...
Em vez de desculpas trago esta reflexão e uma poesia que seguem abaixo:
Uma boa semana para você, leitora e leitor do meu blog...
Reinaldo.


Enquanto a cidade cresce e evolui,
diminuímos nossos olhares para 
o(s) coração(es) humano(s)... 
Ainda é tempo de acordamos...
Me balance, me chame me grite...Por favor...


Reinaldo da Silva dos Santos (R.S.S.) 

Letras nos muros

Eu não sei ler e escrever,
mas os muros da minha cidade, dizem e escrevem aquilo que queria dizer. 
Neles eu leio, aquilo que eu enxergo, que eu decodifico, mas não interpreto...
Eu aprendi a ler o olhar humano...
Percebi o quanto eu não sei ler e escrever.
Eu apenas aprendi a ler e decodificar...
Não interpretamos o olhar humano...

Reinaldo da Silva dos Santos. (R.S.S)